Sunday, July 31, 2005

Cotidiano

Na mesa de reunião:

- Vocês já devem conhecer a política da empresa. Nós não contratamos pessoas que tenham qualquer grau de parentesco umas com as outras!
- U-hum!
- De acordo!
- Mas eu fiquei sabendo, por conversas, que você namora o irmão dele!
- Como?
- Espera aí...você quer dizer que só porque eu namoro o irmão dele, isso o torna meu cunhado? É?
- Veja bem, nós não admitimos pessoas da mesma família aqui...!
- Mas nós não somos da mesma família! Há um sério equívoco aí.
- Sinto muito, é a política da empresa, ok? Um dos dois vai ter que sair!
- ...
- Eu não estou ouvindo isso!
- ...
- Tá! Eu namoro o irmão dele...e daí? e daí? Não seja por isso; eu termino o namoro agora mesmo. Cadê o telefone!?

Thursday, July 21, 2005

...e maravilhou-se quando ouviu o som da própria voz.

O problema do filho da puta é que ele se encanta com a sua própria filhadaputice.

Sunday, July 10, 2005

Hum!

Segundo um spam que recebi, a oitava lição do empreendedorismo é: conduzir com paixão.

Pois sabe que é isso mesmo? Digo, é exatamente assim que se deve carregar uma cruz.

Friday, July 01, 2005

Onde está a bondade?

O que é essa mania que as pessoas têm de esbugalhar os olhos quando você faz uma "boa" ação?
Não falo de grandes sacrifícios em benefício ao próximo ou demonstrações de caridade porque para essas raridades ainda se abre uma exceção. Eu me refiro à ações pequeninas...rasas mesmo; daquelas que você faz mais por educação que por bondade. Aliás, cada vez que alguém se espanta com a (oh!) bondade de alguma suposta boa ação minha, tenho ganas de dizer para esse alguém que não sou bom de forma alguma; que estou longe de me preocupar com a humanidade, e que se ele não ficar esperto e não parar de ser pamonha, sou capaz de fazer uma maldade da próxima vez, só para equilibrar a balança.

Tem horas em que eu pressinto uma coisa estranha no mundo e nas pessoas. É uma sensação tão forte que chega a ser física. Mais ou menos como se tudo ao meu redor não passasse de um imenso teatro sinistro, com atores combinando falas e ensaiando em alguma espécie de coxias da vida. E o triste é que, mesmo conhecendo todo o roteiro, parecem estar sempre de prontidão para uma conspiração inesperada; um golpe traidor; uma facada nas costas, ou algo assim. Daí a surpresa diante de qualquer coisinha que lembre uma boa ação.
Não sei o que é pior: se ficar esse estado de alerta, ou se acreditar de vez nas pessoas.

Facciamo cosi

Olha o carro...
Agora olha os bois!
Olhou pros dois?