Sunday, August 20, 2006

Modernidade

Minha mãe quer que eu compre uma TV para o meu quarto. Todas as mães do mundo regozijariam ao saber que seus filhos não dão a menor bola para a TV; mas a minha é diferente.
O meu medo é que por fim ela não só me convença a comprar o aparelho, como também me force a ver os programas.

Wednesday, August 02, 2006

Filosofia de quinta adiantada para quarta OU pensamentos avulsos

Passando a vista rapidamente pelos meus últimos posts, percebo que ando escrevendo bastante sobre literatura. Demais até para meu gosto, que é complacente. A parte boa disso é que no fim das contas eu sei que o faço sem nenhum risco de pretensão. Graças ao bom pai celestial, diga-se. Mas mesmo assim, uma coisa fica a me incomodar: sinto que estou meio que me apegando demais à literatura. E eu nasci para não me apegar a nada.

Eu só não acabo com este blog porque já o tenho faz mais de um ano - tempo suficiente para criar o hábito de escrever minhas groselhas aqui, ainda que esporadicamente. Eu bem que poderia fazer o teste e apagar, só para ver se eu vou sentir falta. Mas eu me conheço e sei que se fizer isso, em menos de um mês eu volto com outro. E pior: vou sentir saudades deste.

Sinais de cinismo: observar uma pessoa feliz da vida e imediatamente imaginar que alguém, em alguma parte do mundo, e no mesmo instante, está sendo feita de trouxa, para o bem da lei da compensação.

Sentimental é aquele que não conseguiu alcançar seu objeto de desejo e acha que pode ferir o mundo com sua ladainha adocicada. O problema é que na maioria das vezes ele consegue, já que sempre vai encontrar um idiota querendo ser o objeto-de-desejo-substituto. Então o idiota leva uma cacetada-coice do sentimental, e o ciclo interminável recomeça.


O problema das pessoas é que elas não conseguem se livrar das coisas que lhes fazem mal (masoquismo?). Um outro problema é que elas sempre gostam de uma coisa só.