Malcolm Lowry é um escritor difícil; ou pelo menos não muito convencional. A verdade é que não pude ser fluente na leitura das primeiras páginas de À sombra do vulcão, seu romance mais conhecido. Não foi tanto pela narrativa em si; o problema são alguns "obstáculos" impostos pela própria história. Mas não há o menor motivo para se aborrecer--ou considerar a escrita de Lowry como sendo o resultado de um capricho besta e estilizado, típico de imitadores e idólatras da forma fragmentada. Sobre os obstáculos, que na verdade é apenas um: referências a lugares e eventos na apresentação do espaço -a história se passa no México, em meio à famosa Festa dos Mortos.
A imaginação teve que ser nervosa para poder preencher muitas dessas lacunas descritivas--e dos flashbacks. Mas isso é apenas o início; você "pega as manhas" por volta do terceiro capítulo, que é quando a ação de cada personagem se firma, mais ou menos como em uma peça de teatro. Perceber os atalhos e sutilezas do labirínto da mente do Cônsul -ele está constantemente embriagado (fica até fácil) o resto são flashbacks e confusão poética. Mas as descrições ainda são um tanto espinhosas. Não é de se espantar que o Jonh Huston tenha aguardado quarenta anos para adapar À Sombra do Vulcão para o cinema--aliás, a biografia do Jonh Huston também é um baita de um romance; para ser lido de uma vez só .
Bom livro. Intrigante, fascinante. Estou gostando muito da Yvonne. Quando ela entrou na história, tive a desagradável sensação de que lá vinha mais uma mulher chorosa, que faria a narrativa descambar para o melodrama. (Apesar da temática, tudo é muito sóbrio e vivaz; ao menos até então). E a literatura está empesteada dessas mulheres chorosas. Elas ficam muito bem em livros de narrativa rápida e linguagem fluente e curta, mas aqui acabaria acarretando uma tragédia (que não tem nada com o gênero) --por isso o meu medo. Mas qual o quê? A muié chegou; admirou os vulcões; fez troça; falou sobre guerra; cuidou do jardim do Cônsul; e ainda montou a cavalo com o Hugh- porreta, não? Espero que continue assim. O resto também está excelente. Volto para a leitura...
A imaginação teve que ser nervosa para poder preencher muitas dessas lacunas descritivas--e dos flashbacks. Mas isso é apenas o início; você "pega as manhas" por volta do terceiro capítulo, que é quando a ação de cada personagem se firma, mais ou menos como em uma peça de teatro. Perceber os atalhos e sutilezas do labirínto da mente do Cônsul -ele está constantemente embriagado (fica até fácil) o resto são flashbacks e confusão poética. Mas as descrições ainda são um tanto espinhosas. Não é de se espantar que o Jonh Huston tenha aguardado quarenta anos para adapar À Sombra do Vulcão para o cinema--aliás, a biografia do Jonh Huston também é um baita de um romance; para ser lido de uma vez só .
Bom livro. Intrigante, fascinante. Estou gostando muito da Yvonne. Quando ela entrou na história, tive a desagradável sensação de que lá vinha mais uma mulher chorosa, que faria a narrativa descambar para o melodrama. (Apesar da temática, tudo é muito sóbrio e vivaz; ao menos até então). E a literatura está empesteada dessas mulheres chorosas. Elas ficam muito bem em livros de narrativa rápida e linguagem fluente e curta, mas aqui acabaria acarretando uma tragédia (que não tem nada com o gênero) --por isso o meu medo. Mas qual o quê? A muié chegou; admirou os vulcões; fez troça; falou sobre guerra; cuidou do jardim do Cônsul; e ainda montou a cavalo com o Hugh- porreta, não? Espero que continue assim. O resto também está excelente. Volto para a leitura...
No comments:
Post a Comment