Poucas coisas são tão bizarras e risíveis quanto uma velhinha chutando uma pomba. E eu presenciei a cena. Ela ia tão obstinada no bichinho que durante o ato parecia recuperar o vigor de uma jovem.
Ela não só chutou a pomba, como também o pau da barraca que abrigava toda uma tradição (retratada à exaustão pela literatura, pela pintura de panos de prato e por mais uma penca de desenhos animados) segundo a qual os velhinhos devem dar de comer aos pombos. E ainda estrangulou o restinho de garoto inocente que havia em mim.
Ela não só chutou a pomba, como também o pau da barraca que abrigava toda uma tradição (retratada à exaustão pela literatura, pela pintura de panos de prato e por mais uma penca de desenhos animados) segundo a qual os velhinhos devem dar de comer aos pombos. E ainda estrangulou o restinho de garoto inocente que havia em mim.
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