Friday, June 17, 2005

Sonhos

Sonhar de menos é se inteirar com a realidade, e vice-versa. É por isso que costumamos dizer que quem sonha demais não vive. Aliás, muita gente se confunde com essas duas coisas.
Creio que a saída seja simplesmente não sonhar. Estar sempre alerta pode soar como um exagero, mas é uma medida útil para a vida prática e cotidiana.

Falando agora daquele sonho que temos ao dormir: Há um tempo atrás eu despertava de um sonho sempre que percebia que estava sonhando. Descobrir que tudo não passava de um sonho era a regra para que o feitiço fosse quebrado e eu imediatamente acordasse, muitas vezes irritado. Era como se a máscara caísse e eu não tivesse mais nada a fazer a não ser sumir (acordar). Percebia o sonho e tinha noção de uma farsa que julgava impossível sustentar apenas com a imaginação; e lá ia eu de volta para a vigíla, mais por lei que por vontade.
Ultimamente não tem sido assim. Não acordo quando percebo o sonho, e além de não acordar fico o tempo todo olhando para aquelas imagens e sons desgovernados, com uma frieza espantosa. E ainda represento: faço de conta que estou sonhando... nunca se sabe, né? Já que a lei é acordar assim que perceber a farsa, talvez permanecer no sonho nessas condições seja uma forma de intromissão naquele universo de pessoas e cenários fantasmagóricos. Vai que aquelas figuras oníricas fiquem com raiva e resolvam me matar enquanto estou dormindo? É por isso que, por via das dúvidas, não sei de nada, ainda estou sonhando...
Mas não me privo de fazer pose de macaco velho: Pensam que me enganam só porque estou dormindo, não é? Saibam que com Franz as coisas não funcionam assim, pois teco...mas não funcionam mesmo...

Sinceramente não sei como explicar este fenômeno. Talvez eu esteja ficando velho e realista demais.

1 comment:

Anonymous said...

interessante!